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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Ciúmes ou Possesão?

Não precisa ter medo de quem é ciumento, mas tenha medo de quem é possessivo.

O ciúme não é perigoso, é um sentimento sadio e normal para revelar limites de aceitação e dependência. Moderado, transmite inclusive uma sensação de cuidado e proteção. No início do relacionamento, revela paixão e comprometimento.

Ciúme é uma insegurança passageira, costuma ser mais uma dúvida do que uma desconfiança.

O problema é a possessividade, que impõe conclusões e não questiona, sempre incontrolável.


A possessividade não é brincadeira, não é engraçada.


O possessivo cria uma prisão emocional. Não permite que a mulher viva nada além do que é concedido dentro da relação. Seus elogios são medidos, as gentilezas são oportunistas. O que ele busca é enfraquecer sua companhia de tal maneira que ela não apresente mais individualidade e forças para se opor. A tática é cansá-la perguntando e exigindo explicações para qualquer coisa. É como ter um pai, não um namorado. É como ter um chefe, não um cúmplice. É como ter um dono, não um parceiro.

O possessivo será rude com seus amigos e familiares, será grosseiro com seu círculo de convivência, armará barracos e escândalos nos momentos de suas maiores alegrias, com o pretexto de sinceridade. Sem se dar conta, você estará pedindo autorização para se vestir, para sair, para falar, para se comportar, para se divertir. Tudo o que fizer dependerá de relatórios detalhados. Terá seu Facebook administrado pelo namorado, seu celular monitorado, seus gastos checados.

A possessividade é terrível. Afasta. Destrói o coração.

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